Manifesto sobre o Pensamento Computacional em Prioridades

Manifesto sobre o Pensamento Computacional em Prioridades

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Reprodução - internet
Fugir do binarismo e do senso comum quando necessário, e se tornar adaptável a novos contextos e comportamentos são virtudes de informáticos e líderes. Identificar, modularizar, funcionalizar e esquematizar processos humanos complexos são habilidades de informáticos e líderes. 

Tomadas de decisão e definição de prioridades são temas de muita importância em nossa sociedade atual. É notório o valor que se dá às mesmas, não apenas nas áreas de chefia e gerência de grandes empresas e governos, como também na computação, quando se pensa em Inteligência Artificial e a Inteligência de Negócios. É inegável que a Inteligência Artificial é uma ciência que tem como meta em muitas de suas aplicações, a automação de tomadas de decisões, assim como a Administração. A Inteligência de Negócios por outro lado se aprofunda de maneira brilhante em aprender sobre negócios complexos e aplicar a Ciência da Informação e Computação de forma a definir ou redefinir um sistema, identificando, documentando, melhorando e automatizando seus processos, atores e objetos envolvidos. Dentre esses processos se incluem os de tomada de decisão que, se não podem ser automatizados pela I.A com o projeto e construção de um sistema que de fato substitua um humano, podem ser construídos ou adaptados para produzir artefatos como relatórios e gráficos que, com o mínimo de informação importante e metalinguagem, facilitam a tomada de decisão por um líder. 

” Não falta tempo. O que falta é prioridade. “

Um grande desafio, tanto para os líderes quanto para os que programam as máquinas, é identificar todos os problemas e tarefas que requerem decisões. Após identificá-los, ambos têm uma missão ainda mais ingrata: Considerando a sua realidade em termos de matéria prima (time, capacidade, recursos…), devem modelar e definir os problemas, as tarefas e claro, suas respectivas criticidades, que definem por fim, as prioridades. 

As prioridades são sempre vítimas aleatórias de um contexto. Em outras palavras, e brincando com elas, o comportamento da criticidade/urgência de um problema/tarefa é influenciado por incontáveis variáveis/parâmetros e funções/processos. Devido à sua grande variedade e complexidade, estes acabam por humanizar o que é necessário tornar exato e por isso, tende a dificultar a computação ou simplesmente um pensamento sobre, por exemplo, uma decisão a ser tomada. 

” A felicidade também vem de saber definir as prioridades certas na sua vida. “

Essas variáveis e funções que buscamos identificar e modelar são justamente o contexto ou o “como”, e variam das mais diversas formas possíveis, construindo os modelos de negócios. Quanto às prioridades e decisões, ou “por quês”, seja para comandar um banco ou resolver o problema da fome no mundo, também costumam se comportar de uma maneira mais humana do que exata e são igualmente diversas. Diferem dos “comos” apenas em sua essência: o que define as prioridades e influencia na tomada de decisão são os valores individuais, e é justamente por isso, que uma máquina precisa aprender para se tornar capaz de construir um conjunto de informações coeso que simula (ou emula) seus valores e infere na priorização e nas tomadas de decisão. 

Compreendendo que dentro de infinitos contextos existem infinitos comportamentos possíveis, é possível compreender também que tanto em um banco quanto salvando o mundo, você pode ter que tomar decisões complexas sobre priorizar – um exemplo binário clássico da política: pessoas ou dinheiro. Ter líderes preparados para os “por quês” de cada tomada de decisão ou mudança de prioridade se torna então, tão importante quanto conhecer o “como” de todo, ou do máximo possível sobre o contexto.

” Quando a prioridade está clara, a decisão fica mais fácil. “

Fugir do binarismo e do senso comum quando necessário, e se tornar adaptável a novos contextos e comportamentos são virtudes de informáticos e líderes. Identificar, modularizar, funcionalizar e esquematizar processos humanos complexos são habilidades de informáticos e líderes. Com ambos é possível contextualizar as variáveis e funções de uma maneira suficiente para que se possa entender, e claro, resolver e os problemas das relações entre os objetos de cada processo. 

Grandes líderes são os que buscam avanços e inovações para as empresas e para sociedade, logo, é racional e correto promover o pensamento computacional para além da ciência da computação e das Inteligências Artificial e de Negócio, levando as suas habilidades e virtudes principalmente para as altas esferas da Administração. Que todos os informáticos de bons valores sejam também líderes, e que todos os líderes de bons valores sejam também informáticos.

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