Neoliberais são mistificadores a soldo

Por Gustavo Castañon

Neoliberais são mistificadores a soldo – por Gustavo Castañon

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Imagem: reprodução da internet

Para entender porque as faculdades de economia foram tomadas por eles, recomendo o documentário INSIDE JOB.

Os anos entre 1980 e 2002 foram o auge do neoliberalismo na América Latina.

Olhem para o recorte estatístico abaixo.

O caso chileno é o mais emblemático da farsa neoliberal. O primeiro experimento neoliberal do mundo, começou no Chile em 1971, não 1980, dirigido por Milton Friedman e sua turba de assassinos econômicos.

Enquanto durou o reino neoliberal de Sérgio de Castro no governo Pinochet, só pra ficar no exemplo mais emblemático, de 1973 a 1982, a economia afundou. Em 1983, a renda per capita chilena era ainda 10% MENOR do que a que existia em 1972.

Foi só de 1983 a 1990, sob comando de desenvolvimentistas que reverteram a desregulamentação, que a ditadura Pinochet fez a renda crescer, aí sim, 33%. O milagre econômico chileno foi se livrar do neoliberalismo.

Na média, o crescimento da renda per capita no Chile durante a ditadura foi de 1,6% (só não foi negativa devido ao período sem os neoliberais). Já o crescimento do PIB per capita nos 17 anos posteriores a Pinochet (1990-2007), de governo social democrata, foi de cerca de 4,4%.

Os outros exemplos são ainda piores. A Venezuela conheceu seu mais devastador desastre econômico no longo governo do neoliberal Andréz Pérez, o que levou a ascenção de Chávez ao poder em 1998.

Quem não se lembra da devastação do neoliberal Menem na Argentina e do neoliberal De La Rua sendo colocado na rua pelos argentinos e fugindo de helicóptero da Casa Rosada depois do desastre de -10% do PIB num único ano? Nos anos Kirchner, o PIB argentino cresceu simplesmente 146%

E no Brasil? O colapso de nosso modelo desenvolvimentista baseado em capital externo veio com o choque de juros de 1980. Desde Collor, vemos sucessivas reformas liberais que abriram a economia, acabaram com o conceito de indústria nacional, dizimaram a política industrial.

Culminando no “tripé” de câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário e na Lei de Responsabilidade Fiscal que impediu o Brasil de emitir crédito nacional. Nos últimos anos, o fim da CLT, da aposentadoria e por fim o teto de gastos.

O resultado é que, se recortassem aí de 90 para cá, o Brasil seria o país mais fracassado da América Latina. Logo o Brasil, que com o desenvolvimentismo de 32 a 80 foi o país que mais cresceu na história da humanidade.