O biparpatidarismo da ditadura de 64 criou raízes tão profundas?

Por Andrea Do Rocio Caldas

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Imagem: reprodução da internet

Eleição vem, eleição vai e o argumento do “para que esta desunião?” volta a circular.

Pessoas bem intencionadas perguntam: por que tantos partidos?
Outros- não tão desavisados- tentam sagrar um hegemonismo “pelo alto”, para não ter muito trabalho.

Eram o que pensavam os generais do regime ditatorial, que durou 21 anos no Brasil.
Espertos, não aboliram as eleições, nem os partidos.
Mas, decidiram que só podiam 2. Um de situação e outro de oposição.
Bem funcional e organizado, né?
Afinal 1+1 é igual a 2.

Os EUA, quase sempre citados como exemplo de liberdade, têm uma legislação prolífica quanto à possibilidade de criação de partidos- há mais de 140 registros, no país.
Contudo, a complexa legislação eleitoral e a supremacia do poder economico, há séculos, tem permitido que só dois partidos- sem contestação à ordem liberal- disputem os pleitos.

Dito isto, minha indagação é: quando dirigentes políticos de esquerda, aqui no Brasil, querem nos convencer de que só há duas opções eleitorais possíveis – em uma eleição de DOIS turnos – a que concepções se filiam neste novo bipartidarismo disfarçado?