Nem subestimar, nem superestimar

Por Andrea do Rocio Caldas

Nem subestimar, nem superestimar – por Andrea do Rocio Caldas

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Imagem: reprodução da internet

Bolsonaro tem apoio, hoje, de um pouco menos de 30 por cento da população.
É muito se considerarmos que isto significa apoio à tortura, ditadura, homofobia, racismo e misoginia.

É pouco se considerarmos o alcance eleitoral.
Bolsonaro nunca ultrapassou o patamar dos 40% de aprovação.

Muito inferior a todos os outros governos eleitos, pós redemocratização.

Bolsonaro tenta inflar sua aprovação com sua militância hidrofoba nas redes e diminuta nas ruas.
Isto sim, é novidade- e que deve ser considerada: uma militância aguerrida de direita e neofascista que se manifesta e que se arma.
Mas, que ainda assim é minoritária.

Todavia, Bolsonaro -em si- não é tudo isto.

Ele sempre se levou mais a sério do que era real.
Tem um recalque por ter sido expulso do Exército e uma nostalgia doentia com o regime militar de 64.
Conseguiu desmoralizar as Forças Armadas, no curto tempo do seu governo, que foram envolvidas em casos de incompetência e/ou corrupção.

Pra quem leu o 18 Brumário do Marx, Bolsonaro é o simulacro, a farsa, a caricatura.

Há que se dar a ele o tamanho que tem.

Que não menosprezemos – aí sim- as razões e condições concretas e sociais que o possibilitaram.