Dentre os muitos MC’s, a presença do Kevin sempre me pareceu marcante

Por Thiago Alves De Souza

Dentre os muitos MC’s, a presença do Kevin sempre me pareceu marcante – por Thiago Alves De Souza

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Imagem: reprodução da internet

De 2015, o videoclipe da música Baile de Favela do MC João foi um dos marcos de visualizações do canal Kondzilla na época. Até hoje, acho que vi pouquíssimos clipes com cenas de baile de rua que parecem tão reais, espontâneas, tão naturais.
Pra alguns (metidos) pode até parecer um clipe meio amador comparado aos clipes com cenas de baile feitos hoje. Pode ser também o curso natural da evolução dos clipes: na época, a Kondzilla não era o que é hoje. Mas, mano, acredito que é um dos melhores clipes e explico:
Além de mostrar cenas de GRANDES bailes de uma forma espontânea (quer dizer, parece que ninguém estava alí para gravar um clipe, estavam em um baile e se tem câmera, beleza, nóis posa. Mas se não tem, bora curtir o baile.), eles conseguiram juntar, não sei como, uma porrada de MC’s já estourados ou que estouraram muito depois. Kitinho e Topre tão lá no meio.
Dentre os muitos MC’s, a presença do Kevin sempre me pareceu marcante.
Já chega doidão de cabelo azul pilotando uma nave da Honda, monta no carro com as mãos para cima instigando a multidão.
Kevin tava no corre a mili ano, respeita carai!
Vendo as diversas fotos de Kevin, seja no clipe do MC João, seja fotos da infância até hoje, vemos o que é a profissão em tempo integral de MC: não parece uma profissão, parece algo ligado ao próprio ser: já nasceu MC (os acadêmicos que me perdoem o essencialismo). E foi pro mundo viver do que ele já era.
Ser MC, funkeiro/a, não se resume a vestir e ouvir Funk significa ser o Funk, em todas as suas contradições, nas atitudes, no gozo à vida, na irreverência, nas tretas, no consumo. E Kevin é o Funk.
Principalmente no que se refere ao consumo de grifes e aos prazeres dionísiacos, muitos podem achar o Funk algo fútil, desprovido de reflexão. Mas, nada na vida é tão simples. E eu já disse que quem pensa assim corre o risco de mergulhar na superfície e bater a cabeça… Se alguém quer criticar o Funk e os Funkeiros, que faça uma crítica à altura do movimento, pois ele é extremamente complexo.
Enfim, que Kevin vá em paz e que tudo seja averiguado. Vai fazer falta mlk! Tu tumultuava e terminava com seu “ixquece”.
Vai com Deus!