Guedes exigiu o fim de direitos constitucionais para conceder um auxílio emergencial desidratado e insuficiente aos mais necessitados

Por Josué Medeiros

Guedes exigiu o fim de direitos constitucionais para conceder um auxílio emergencial desidratado e insuficiente aos mais necessitados – por Josué Medeiros

Compartilhe o conteúdo:

Compartilhe o conteúdo:

Imagem: reprodução da internet

Guedes exigiu o fim de direitos constitucionais para conceder um auxílio emergencial desidratado e insuficiente aos mais necessitados

A chantagem em si é uma derrota. Mas é necessário examinar melhor como foi o processo de luta contra a PEC emergencial. Mudamos muita coisa lá

Nossa primeira grande vitória foi retirar a proposta de redução de salários e jornada de trabalho dos servidores

Se passa, seria o fim de vários setores do serviço público que já funcionam no limite, como o SUS e SUAS

Novamente, os mais prejudicados seriam os mais pobres

Nossa segunda grande vitória foi manter o piso constitucional da saúde e educação

Guedes tentou convencer os parlamentares argumentando que eles teriam mais liberdade para usar o dinheiro

Mas a mentira não colou, ficou nítido que haveria uma redução drástica e a proposta caiu

A terceira grande vitória foi a manutenção dos fundos (Meio Ambiente, Direitos Humanos, Educação, etc.)

Guedes queria destruir décadas de acúmulos de políticas públicas

Isso inviabilizaria não só a gestão federal, mas também os Estados e municípios

Mais uma vez foi derrotado

Sobre os servidores, a perspectiva de congelamento salarial foi uma grande derrota

Mas é importante ressaltar que até nisso conseguimos minimizar os danos

O congelamento não é imediato e só vale caso a dívida pública chegue a 95% das receitas, o que deve ocorrer em 2025

Resolvi pautar isso diante da repercussão o congelamento do nosso salários congelados por 15 anos

Além de ser um erro, difundir o que se passou assim minimiza o tanto que lutamos para combater a PEC e nos paralisa inclusive para campanhas salariais que podem ser tocadas agora.

A luta política no Brasil está reaberta pela primeira vez desde 16 quando o trator do golpe aprovou o Teto de Gastos.

Nossas vitórias na PEC Emergencial mostram que a pauta da austeridade perdeu força

Temos condições de avançar ainda mais se tivermos a estratégia certa

Por exemplo, não pautando nosso aumento salarial como uma questão corporativa, mas sim como parte de um Plano de Reconstrução Nacional que fortaleça os serviços públicos para os mais pobres

Outro ponto importante nessa estratégia é a questão das greves no serviço público

Elas precisam de apoio na sociedade ou nos isolamos. Devem ser o último momento da mobilização e vir depois de muito diálogo e trabalho de base

Agora é manter as redes de solidariedade, as críticas ao governo e preparar o terreno para reocupar as ruas quando a pandemia diminuir