Fragmentos De Um Discurso amoroso, Roland Barthes – Foto seleção

Por Daniel Omar Perez

Fragmentos De Um Discurso amoroso, Roland Barthes – Foto seleção por Daniel Omar Perez

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O que é o eu-te-amo, senão uma holofrase?


A imagem pode conter: texto que diz "2. psicótico no temor do colapso (contra qual diversas psicoses não passariam de defesas). Mas no "temor clínico do colapso esconde-se temor de um colapso que foi experimentado (primitive agony) há momentos em que um que lhe que colapso que atemoriza, minando assim sua vida, já aconteceu". mesmo vale, parece, para a angústia de amor: ela é o temor de um luto que já aconteceu, na origem mesma do amor, no momento mesmo em que fui seduzido. Seria preciso pudesse Não mais angustiado, você já o perdeu.'"


A imagem pode conter: texto que diz "3. o discurso amoroso não é desprovido de cálculos: eu raciocino, faço contas às vezes, seja para obter determinada satisfação, para evitar determinada mágoa, seja para representar interiormente ao outro, num movimento de humor, o tesouro de engenhosi- dades que esbanjo a troco em seu favor esconder, não magoar, divertir, convencer, etc.). Mas esses cálculos apenas impaciências: não há pensamento lucro final: Gasto está aberto, ao infinito, força deriva, sem finalidade (o objeto amado não é uma finalidade: é um objeto-coisa, não objeto-fim)."


A imagem pode conter: texto que diz "A nave fantasma ERRÂNCIA. Apesar de que todo amor é vivido como único e que o sujeito rejeite a idéia de repeti-lo mais tarde em outro lugar, às vezes ele surpreen- de em si mesmo uma espécie de difusão do desejo amoroso; ele com- preende então que está destinado a errar até a morte, de amor em em amor."


A imagem pode conter: texto que diz "Mientras percibo al mundo como hostil perma- nezco lígado a él: no estoy loco. Pero, veces, ago tado el humor, no tengo ya ningún lengua- je: el mundo "irreal" (podría entonces hablarlo: hay de lo irreal, y mayo- res), desreal: lo real ha huido de él, a nin- guna parte, de modo ya no tengo ningún sentido (ningún paradigma) a disposición; no alcanzo definir mis relaciones con Coluche, el restaurante, el pintor, la Piazza del Popolo. ¿Qué relación puedo tener con un poder si no soy ni su esclavo, ni cómplice, ni su testigo?"


A imagem pode conter: texto que diz "7. Parece que Freud de telefone, ele que, entretanto, de escutar ele sentia, previa, o telefone sempre cacofonia, o que deixa passar comunicação telefone, tento relutando perder de manipular descanso barbante; não um bom objeto transicional, não sentido, ajunção, da, cansada, brinca do telefone barbante inerte ao angústia. chega mim; quando está lá, dura (com grande sacrifício), nunca reconheço comple- tamente; dir-se-ia máscara (assim como, se máscaras função à origem telúrica, deformá-la, dester- rá-la, fazê-la profundezas subterrâneas) E depois, outro sempre prestes ele se vai vezes, de falar? Nós nos vazios. Vou te deixar acumulação de do telefone. segundo"




Roland Barthes (Cherbourg, 12 de novembro de 1915 — Paris, 26 de Março de 1980) foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês.

Formado em Letras Clássicas em 1939 e Gramática e Filosofia em 1943 na Universidade de Paris, fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo lingüista Ferdinand de Saussure. Crítico dos conceitos teóricos complexos que circularam dentro dos centros educativos franceses nos anos 50. Entre 1952 e 1959 trabalhou no Centre national de la recherche scientifique – CNRS.

Barthes usou a análise semiótica em revistas e propagandas, destacando seu conteúdo político. Dividia o processo de significação em dois momentos: denotativo e conotativo. Resumida e essencialmente, o primeiro tratava da percepção simples, superficial; e o segundo continha as mitologias, como chamava os sistemas de códigos que nos são transmitidos e são adotados como padrões. Segundo ele, esses conjuntos ideológicos eram às vezes absorvidos despercebidamente, o que possibilitava e tornava viável o uso de veículos de comunicação para a persuasão.



– Daniel Omar Perez é professor de filosofia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pesquisador PQ 1D no CNPQ com pesquisas sobre o sujeito e a linguagem a partir de Kant. Atualmente a pesquisa aborda a relação entre estrutura da proposição e a natureza humana (antropologia). Também desenvolve um projeto sobre a constituição do sujeito a partir das relações de identificação. Uma abordagem entre a filosofia kantiana e a psicanálise freudiana e lacanaina.O trabalho de pesquisa se concentra na questão de como nos constituímos a nós mesmos tanto individual quanto coletivamente como sujeitos. Abordam-se fenômenos como massa, povo, coletivo, relações amorosas e situações diagnosticadas no espectro do autismo. Em 2012 realizou um estágio de pós-doutorado na Bonn Universität (ALEMANHA) onde desenvolveu parte do projeto sobre antropologia em Kant e avançou na tradução das “Reflexões de Antropologia” de Kant iniciada em 2008. No ano de 2007 realizou outro estágio de pós-doutorado na Michigan State University (EEUU) com o apoio da Capes onde trabalho na antropologia pragmática de Kant e na organização do livro “Kant in Brazil” com Frederick Rauscher. Concluiu o doutorado em 2002 com a tese “Kant e o problema da significação” e o mestrado em 1996 com a dissertação “Significação dos conceitos e solubilidade dos problemas (acerca do esquematismo transcendental na Crítica da razão pura de Immanuel Kant como procedimento de doação de sentido aos conceitos)”, ambas na Universidade Estadual de Campinas (BRASIL) com o apoio da Capes. Obteve o título de licenciado em filosofia em 1992 na Universidade Nacional de Rosario (ARGENTINA). Publicou artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, livros e capítulos de livros s sobre filosofia e psicanálise. Entre suas publicações podemos contar Kant e o problema da significação (Editora Champagnat, 2008); O Inconsciente: onde mora o desejo (Civilização Brasileira, 2012); Ontologia sem espelhos. Ensaio sobre a realidade (CRV, 2014), Sentimentos em conflito (Editora PHI, 2019), O pêndulo de Epicuro (CRV, 2019). Orientou numerosas pesquisas no nível de iniciação científica, trabalho de conclusão de curso de graduação, especialização, mestrado e doutorado na área de filosofia e de psicanálise. É membro da Sociedade Kant Brasileira. Também tem formação como psicanalista a partir de 1990 na Argentina. Em breve será publicada a Tradução, estudo introdutório e notas das “Reflexões de antropologia” do volume XV das obras completas de Immanuel Kant em 3 volumes.

* As informações sobre o Daniel foram obtidas do Lattes e O Escavador em 04/08/2020

Post original:

Fragmentos de um discurso amoroso, Roland Barthes.

Publicado por Daniel Omar Perez em Quinta-feira, 6 de agosto de 2020