Existe General de Exército, de Brigada, de Divisão. Hoje, Pazuello, nesse primeiro tempo de seu depoimento, foi o “general da nova versão”. Isso é, garantiu que, em sua gestão no Ministério da Saúde, não fez nada… do que fez.
Pazuello, segundo ele próprio, (1) nunca recebeu ordens de Bolsonaro; (2) jamais estimulou o uso da cloroquina; (3) desde julho do ano passado negociou com a Pfizer; (4) só não comprou vacina pq TCU, AGU e CGU proibiram (o que foi imediatamente desmentido pelo TCU); (5) atendeu de imediato às demandas de Manaus quanto à falta de oxigênio (que, segundo ele, só foi crítica por 3 dias); (6) brincou quando mencionou o tal “pixuleco” para políticos, pois referia-se à sobra costumeira de recursos; (7) sempre defendeu o isolamento social, o uso de máscaras e a vacinação em massa.
Ao final, ao ser indagado pela imprensa se tinha passado mal, sendo socorrido pelo senador e médico Oto Alencar – que diagnosticou uma Síndrome Vaso-Vagal -, Pazuello fechou o dia de mentiras: “não tive nada, só os pés incharam um pouco por ficar tanto tempo sentado”. Amanhã tem mais.
Saúde para todo/as! Mas vem aí mais cabeça quente e pé inchado (imagino as do Salles e sua turma do esquema de contrabando de madeira).
Então tá: Pazuello fez tudo certo, em harmonia com o governo. Obediente ao capitão, o general até explicou a razão do chefe sair aglomerando por aí, sem máscaras: “motivação psicossocial” (!). Por que saiu, então? “Missão cumprida”, resumiu.
Já reparou que todos os que são do governo e vão depor na CPI dizem que tudo está às mil maravilhas? Em que país eles vivem?