Como não se impressionar com a trama que a Polícia Civil do RJ desvendou, e que fez da deputada federal Flordelis ré de crime de morte e outros (tentativa de homicídio – anterior, por envenenamento, falsificação de documentos, falsidade ideológica, formação de quadrilha)?
Deus e amparo a crianças desvalidas usados como pano de fundo de uma rede de negócios, intrigas e ódio, culminando com esse bárbaro assassinato, planejado e torpe! A deputada está acusada de ser a líder dessa atrocidade.
A vítima é Anderson, seu marido e pastor. Ele administrava com rigor sua carreira de cantora gospel, os recursos da igreja deles, sua candidatura pelo PSD, seu apoio a Bolsonaro, a imensa e desigual “caritativa” adoção de crianças. Os indícios de que ela queria tirar o “traste” (expressão dela) do seu caminho são claros.
Até que ponto vai a ganância, o ódio, a perversidade de uma pessoa, contaminando jovens para participarem da trama macabra?
Como se vê, a vida pública nacional abriga, através do voto desavisado, iludido, gente da pior espécie, que busca o manto da imunidade parlamentar – que, em casos como esse, não passa de impunidade. Voto enganoso pode, involuntariamente, dar aval a crimes hediondos!
Aí está um caso trágico, terrível, cruel, da “gangsterização” da nossa política. Bom lembrar que os esquemas milicianos, que envolvem várias “autoridades”, também têm essa prática: ânsia por grana, lavagem de dinheiro, desconfiança entre os “sócios”, violência, morte. Até o ex-chefão do “Escritório do Crime”, Adriano da Nóbrega, eliminado pela polícia baiana, tinha altas vinculações com a família poderosa que está no poder. E parentes colocados em gabinete parlamentar…
Flores do pântano, da abominação.
Chico Alencar é graduado em História na Universidade Federal Fluminense, foi professor da disciplina no ensino fundamental e médio do Rio de Janeiro, nas redes pública e privada. É mestre em Educação pela Fundação Getúlio Vargas, tendo apresentado uma dissertação sobre o movimento das Associações de Moradores do Rio do qual foi um dos principais líderes no início dos anos 1980, tendo presidido a Federação das Associações de Moradores do Estado (Famerj).
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É membro da Comissão de Direitos Humanos e do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, e vice-líder do seu partido na câmara. Desde 2006, tem sido incluído na lista dos “100 parlamentares mais influentes do Congresso”, divulgada anualmente pelo Diap.
Em 2009, ficou em primeiro lugar no Prêmio Congresso em Foco, como o deputado mais atuante da Câmara.
Em 2015, foi, pela sexta vez consecutiva, eleito pelos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional o melhor deputado do país, obtendo os votos de 110 dos 186 profissionais de imprensa que participaram da votação do Prêmio Congresso em Foco.
Em 17 de abril de 2016, Chico Alencar votou contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Na Câmara dos Deputados, tem atuação nas áreas da educação, da saúde, da reforma agrária, do combate à corrupção, da gestão ambiental, da divida pública, da habitação popular, entre outras. É um dos deputados de maior expressão, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
A história deste político teve início nos anos 60, quando se tornou líder comunitário, estudantil e militante do movimento sindical. Foi criado na Tijuca, Zona Norte do Rio. Hoje mora em Santa Tereza, centro do Rio. Começou atuando nas pastorais da Igreja Católica, um celeiro de quadros políticos do PT.