ELEIÇÕES NO CHILE

Por Elaine Tavares

ELEIÇÕES NO CHILE – por Elaine Tavares

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Imagem: reprodução da internet

Terminada a jornada eleitoral no Chile que elegeu prefeitos, vereadores e governadores, os resultados preliminares dão conta de que a oposição – de extrato mais à esquerda – conseguiu avanços importantes garantindo muitas prefeituras e governos regionais. Importante lembrar que é a primeira vez que a população pode escolher também seus governadores regionais. Apenas 39,3% dos mais de 14 milhões de votantes compareceram às urnas, numa das mais baixas taxas de participação, mesmo que nessa eleição estivesse também em jogo a decisão sobre a nova Assembleia Constituinte.

Na votação da Constituinte os números dão conta de que a maior bancada, 48, está na mão dos Independentes (de vários matizes), seguidos pela Vamos por Chile que junta a direita e a extrema-direita, com 38 cadeiras, enquanto toda a mídia comercial alardeava que ficaram com 57 lugares. Em seguida vêm as coalizões Apruebo Dignidad (27), de centro esquerda, e a Lista del Apruebo (25), também mais à esqurda. Os povos indígenas têm 17 cadeiras. Com esses resultados, contra todas as pesquisas e projeções, a centro/esquerda deverá ser maioria no processo, ainda que seja necessário observar melhor a posição de cada um dos independentes e dos povos originários.

O presidente Sebastián Piñera se manifestou sobre os resultados ainda ontem à noite, dizendo que os resultados mostraram que a o governo não está sintonizado com as demandas da população e que agora é preciso fazer um bom balanço da situação, afinal, o sistema político como um todo foi questionado, com a vitória significativa dos independentes em todas as instâncias.

A expectativa agora é de que o Chile possa avançar a partir dessa nova Carta Magna, encerrando de vez o triste e pesado legado do ditador Augusto Pinochet.